1º lugar – Equal Food

Alberto Mojtar e Lukas Friedemann são os fundadores da Equal Food Co., a startup  cuja missão se foca na otimização da cadeia alimentar e erradicação do desperdício alimentar. Identifica produtores de frutas e legumes com excedentes (por questões estéticas, falta de procura ou grau de maturação), produz os cabazes e entrega-os ao diretamente ao consumidor.

Diferencia-se no mercado porque resgata produtos normalmente descartados durante a cadeia de produção, entregando-os com preço competitivo,a um novo nicho de consumidores, que valoriza o combate ao desperdício alimentar. Noutra frente, beneficiam os produtores que teriam também perda de margens de valor significativas com o descarte destes produtos. O impacto criado vai assim, do início ao fim da cadeia de produção, inclusive pelo modelo de delivery, que preza pela minimização da pegada de carbono.

A Equal Food Co. nasceu de uma viagem à volta do mundo e da diferença de culturas. Foi o contraste de realidades entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento que fez com que fundadores desta startup, embarcassem nesta missão. A viagem acabou por terminar em Portugal, onde integraram a comunidade da Casa do Impacto e se candidataram ao Rise for Impact – o programa de aceleração que pretende chegar a empreendedores que promovam soluções inovadoras, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. 

Desde que iniciou o programa, a Equal Food Co., já resgatou 40 toneladas de alimentos que teriam sido desperdiçados, gerou cerca de 45 mil euros para uma rede de mais de 40 agricultores e cresceu “a um nível cinco vezes maior”. “Mudámos de armazém três vezes. Contratámos dois funcionários e estamos atualmente em processo de contratação de um terceiro. E, mesmo com tudo isso, ainda parece que há muito a fazer. Estamos ansiosos para alcançar todos os nossos objetivos futuros”.

Queres conhecer melhor a Equal Food Co.? Vê aqui a nossa conversa!

A Equal Food Co. foi o projeto que melhor correspondeu aos objetivos do Rise for Impact, mas estão também de parabéns os projetos Ambigular e Matter, que ficaram em segundo e terceiro lugar respetivamente!

 

2º lugar – Ambigular

Ambigular é um projeto cofundado por Maria de Azevedo Brito e Rose Dekker, que promove oficinas de storytelling com comunidades marginalizadas que resultam em eventos públicos, revistas e livros impressos e digitais, vídeos e exposições, e que visam o desenvolvimento de competências e o combate à discriminação.

Termina a sua participação no Rise for Impact com um programa de storytelling criado, do qual já resulta um podcast e um livro ilustrado, que conta as histórias de seis mulheres refugiadas, na primeira pessoa. Os primeiros dois episódios do podcast já estão online e os restantes serão lançados nas próximas semanas. O lançamento do livro contará com a narração das histórias pelas próprias personagens, e o livro será distribuído por escolas e organizações.

Maria de Azevedo Brito terminou o pitch dizendo que “Há muitas histórias por aí que têm de ser ouvidas. Precisamos de ouvir as histórias uns dos outros se nos queremos aceitar e precisamos de nos aceitar uns aos outros se queremos colaborar, para resolver os desafios globais do século XXI”.

Queres conhecer melhor a Ambigular? Vê aqui a nossa conversa!

 

3º lugar – Matter

Matter é uma startup de cleantech que oferece soluções premium e de valor acrescentado, de design e arquitetura, através da utilização de subprodutos e resíduos orgânicos, numa lógica de economia circular.  Resíduos provenientes da produção de café, chocolate e vinho, entre outros, são agora reutilizados na produção das suas próprias embalagens. A Founder, Ana Lima, frisou que “No processo, fomo-nos apercebendo que estes materiais também seriam muito interessantes para as empresas que geram estes resíduos. Neste momento estamos a fazer peças moldadas para as poderem reincorporar e contar a sua própria história, através dos resíduos que geram, numa verdadeira lógica de economia circular”.

O júri desta edição foi composto por Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, João Machado, Presidente do Concelho de Administração da Fundação Ageas, João MagalhãesCco-founder e CEO da Code4all – Academia de Código, Mariana Duarte Silva, Co-founder e Criadora do Village Underground e Skoola e ainda João Duarte, Co-founder da Impulso e da Global Shapers. A sessão decorreu em direto no Facebook da Casa do Impacto e contou com o encerramento Administrador do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sérgio Cintra.

“Aos poucos a inovação ambiental e social está a acontecer, mas incentivos como o Rise for Impact são essenciais, pois promove o desenvolvimento dos negócios, capacita empreendedores, ajuda a catapultar e a acelerar esta transformação que é tão precisa”, rematou Inês Sequeira no final. 

A segunda edição do Rise for Impact teve início no dia 9 de abril de 2020 e terminou no passado dia 13 de abril de 2021, num evento LIVE   na página de Facebook da Casa do Impacto, que pode agora ser revisto.

Durante as várias fases do programa, os projetos selecionados para as fases capacitação e incubação beneficiaram de bolsas mensais e mentoria na Casa do Impacto. Além dos prémios monetários, os vencedores desta final, beneficiam também de mais um ano de incubação e contínuo apoio aos seus projetos.

 

A terceira edição já tem candidaturas abertas. Não percas a oportunidade de ver a tua ideia vencedora, candidata-te!

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